Fernando Diniz foi anunciado como técnico da Seleção Brasileira para a temporada 2023-2024. Como treinador, não temos dúvidas da capacidade de Diniz em realizar um bom trabalho à frente da Seleção. No entanto, é importante destacar aqui alguns prós e contras dessa decisão da CBF.
Pontos positivos da escolha de Fernando Diniz como técnico da Seleção Brasileira:
- A Seleção Brasileira passa a ter um treinador desde o final da Copa, o que traz estabilidade ao time.
- Diniz conta com a aprovação dos principais jogadores brasileiros, o que facilita o seu trabalho.
- Apesar de jovem, Diniz possui experiência, pois já dirigiu diversos clubes e tem um estilo de jogo autoral.
- Ele tem um perfil exigente com os atletas durante as partidas, buscando extrair o máximo de cada um.
- Seu estilo de jogo possui características ofensivas, valorizando a posse de bola, o que pode trazer uma abordagem dinâmica e atraente para a Seleção Brasileira.
Pontos negativos da escolha de Fernando Diniz como técnico da Seleção Brasileira:
- Ele realizará seu trabalho como interino apenas nas datas FIFA, o que limita o tempo de treinamento e preparação com a equipe.
- Devido ao formato do contrato, pode se envolver em várias polêmicas, dividindo seu tempo entre a Seleção e o Fluminense.
- Tende a ter um estilo de jogo diferente na Seleção, pois não terá tempo suficiente para realizar treinamentos intensivos com os jogadores.
- Chega pressionado pelo fato da CBF ter aguardado Carlo Ancelotti, o que pode aumentar a cobrança por resultados imediatos.
- Possui um histórico de ser, às vezes, excessivamente crítico com alguns atletas, o que pode gerar conflitos dentro da equipe.
Análise do time do FIFANERD Sports que apoia o Blogdonilo:
A escolha de Fernando Diniz pela CBF é compreensível, considerando todo o processo que o presidente Ednaldo está realizando para formar uma comissão técnica para a Seleção Brasileira. No entanto, acreditamos que o contrato e o período escolhidos podem trazer problemas, como críticas a convocações tendenciosas e a falta de oportunidades para um desenvolvimento mais focado em um projeto de Copa do Mundo, como o treinador ver jogos dentro e fora do Brasil “in loco”. Além disso, há uma sobrecarga de responsabilidade para um treinador que não é exclusivo, já que não há um diretor técnico para supervisionar o trabalho e apoiar Diniz, evitando atritos “extra campo”.
Formação de novos jogadores. Risco calculado?
Apesar dos possíveis desafios, acreditamos que se os resultados em campo da Seleção forem vitoriosos e o trabalho for bem conduzido, algumas críticas podem ser minimizadas. No entanto, o desafio é gigante, pois as principais ligas da Europa possuem uma série de jovens jogadores brasileiros que podem se destacar, e a falta de acompanhamento adequado pela Seleção Brasileira pode resultar na perda desses talentos para seleções de outros países. Entendemos a escolha de Diniz como interino, mas acreditamos que a CBF deveria ter um diretor atuante desde já para evitar problemas de formação durante esse ciclo. Dessa forma, fica a pergunta: será que esse risco foi calculado? Pois Diniz afirmou que chega com autonomia total e responde apenas a Ednaldo neste momento. Como será a interação se a CBF anunciar um diretor de futebol como gestor de Diniz?
Torcemos pelo sucesso de Fernando Diniz nesse novo desafio, porém aguardamos os próximos capítulos com expectativa.